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Conta-se que numa
aldeia distante, ao sul de Varsóvia, um de seus habitantes mais
pobres recebeu um bilhete de trem para visitar um primo muito rico.
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Ele chegou na
ferroviária segurando o seu bilhete.
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Como nunca tinha
viajado de trem, José não sabia como agir.
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Ele percebeu que
havia um grupo de pessoas bem vestidas e imaginou que não deveria se
sentar com elas.
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No fundo da
estação, ele viu um grupo de malandros maltrapilhos.
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Ele se juntou a
eles imaginando que aquele era o seu lugar.
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Os passageiros da
primeira classe embarcaram, mas os maltrapilhos ficaram aguardando.
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De repente,
ouviu-se um apito e o trem começou a se movimentar.
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Os malandros
pularam para dentro do vagão de bagagens, e José entrou com eles,
ficando encolhido em um canto escuro do vagão, segurando a sua
passagem com medo.
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Ele agüentou
firme, imaginando que aquele era o seu lugar.
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Até que a porta do
vagão abriu e entrou o maquinista acompanhado de dois policiais.
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Eles reviraram as
bagagens até que encontraram José e seus amigos no fundo do vagão.
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O maquinista então
perguntou:
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"Posso ver os
bilhetes?"
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José prontamente
se levantou e apresentou o seu bilhete.
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O maquinista
analisou a passagem e começou a gritar:
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" Meu rapaz, você
tem uma passagem de primeira classe.
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O que você está
fazendo aqui no vagão de carga?
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" E o maquinista
concluiu: "
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Quando se tem um
bilhete de primeira classe, o indivíduo deve se comportar como um
passageiro de primeira classe".
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Desse episódio
podemos concluir o quanto é importante se conhecer e portanto buscar
caminhos para o nosso auto conhecimento, para que assim possamos
estar ocupando na vida, lugares que dizem respeito a nós mesmos.