Sempre

Dependendo de sua conexão a tradução pode demorar um pouco
  
Autor:-Luis Valente
Portugal - 1980

 

Sempre que me sento
na cama do meu quarto,
é nela que parto.
Perdido no vento,
viajo bem longe
da vida que tenho:
Sou pássaro que foge
da jaula, do sonho.
Corro, esvoaço,
poiso nas estrelas,
nas janelas,
no espaço...
Sou ave ferida,
de asa partida,
sem abrigo;
Sou criança perdida
no caminho da vida,
sem amigo;
Sou menino sozinho,
em busca do carinho
que trazes contigo;
Sou homem desesperado,
no mundo falhado,
que vivo.
Mas, sou livro, que desfolhas,
feito por ti,
quando me olhas;
E sou amor escrito,
lido por ti,
quando te sinto;
E sou homem de sonho,
pintado por ti,
quando te tenho;
Sou simples desejo,
realizado por ti,
quando te beijo;
Sou leve baloiço,
embalado por ti,
quando te oiço;
E sou alma penada,
da vida, cansada,
clamando por ti.
Levanto-me um pouco
e abre-se um fosso
no meu peito de choro.
Viver, não posso.
Morrer, não quero...
Mas há um segredo,
que me tira do medo,
que leio no céu:
Amanhã serei mais (t)eu.
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1980

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